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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Sesap descarta surto de meningite no RN






Médicos especialistas e a Secretaria Estadual de Saúde Pública descartam a possibilidade de surto de meningite no Rio Grande do Norte. Em nota técnica emitida ontem, a Sesap esclareceu que os números registrados em 2014 não apontam ocorrência de surto porque esses registros são semelhantes ao observado em anos anteriores. De janeiro a maio, a Sesap recebeu 46 notificações de suspeita de meningite, das quais dez se confirmaram e quatro foram a óbito. Em 2013, de janeiro a dezembro, foram confirmados 96 casos com 13 óbitos. 

De acordo com o médico André Prudente, presidente da Sociedade Norte-riograndense de Infectologia e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a meningite é caracterizada pela inflamação de uma membrana que recobre o cérebro e a medula, causada por infecção, seja por bactéria, vírus ou fungo. A morte mais recente foi do jovem André Donaldson Pegado Mendes, aluno do Bacharelado de Ciências e Tecnologia da UFRN, na madrugada do sábado (24). 

A morte do estudante - acometido pela forma mais grave da bactéria meningococo - espalhou, no último final de semana, nas redes sociais, uma série de informações sobre um surto de meningite em Natal. Segundo a Sesap, até agora, dos 10  casos confirmados da doença, quatro evoluíram para  o óbito entre um e quatro dias após o surgimento dos sintomas. “Não está ocorrendo um surto. As pessoas começaram a espalhar uma suposta afirmação do médico Kléber Luz, mas ele não disse isso”, afirmou André Prudente. 

De acordo com ele, os sintomas da doença são inespecíficos. Entre eles, estão dor de cabeça, vômito, febre e rigidez na nuca. É necessário que a população procure uma unidade de saúde apara que o diagnóstico seja feito de forma adequada. “Nós temos pelo menos um caso por mês e isso é normal, existe há varias décadas”, detalha o médico. O tratamento é feito à base de antibióticos. 

O risco de contágio seria  “relativamente pequeno”, uma vez que depende de contato prolongado em lugares fechados, ou compartilhamento de copos, talheres ou contato íntimo, como o beijo.  Na nota enviada pela UFRN, o professor Kleber Luz esclarece que, o meningococo é incapaz de sobreviver em superfícies inanimadas, como portas, cadeiras e outros objetos, e, portanto, medidas de desinfecção em ambientes físicos frequentados por pessoas portadoras não é necessária. 

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/

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