Se o governo federal não apresentar informações claras e precisas sobre a política de prevenção aos apagões no Brasil – principalmente os causados por incêndios, como o que ocorreu nesta quarta-feira (28) na região Nordeste -, a oposição vai pedir a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o caso. O aviso é do líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN). No plenário da Casa, o senador potiguar disse ser inaceitável que um governo – presidido por uma ex-ministra das Minas e Energia – não assuma políticas de investimento, segurança e prevenção no setor.
“Vou esperar que o governo da República anuncie as razões dos seis apagões que ocorreram no Brasil de setembro do ano passado até agora. Se o governo não tomar providências, anunciar as razões reais dos blecautes, vou propor uma CPI para investigar os motivos e identificar os responsáveis”, destacou Agripino. No início dessa tarde, duas queimadas no Piauí deixaram todos os estados do Nordeste sem luz.
De acordo com Agripino, não é de hoje que a oposição alerta para possibilidade de apagões no país, mas o governo federal nunca toma providência no sentido de prevenção. “A inação do Executivo é completa. Parece que tudo que a oposição fala não é motivo de advertência para os órgãos do governo, que existem para servir o brasileiro. Incêndios presumíveis causam um colapso em todo o Nordeste e não se toma providência de prevenção a um risco que é alto”, disse o senador.
Além do trânsito, o apagão afetou o funcionamento de sete aeroportos administrados pela Infraero na região Nordeste (Salvador, Ilhéus, Paulo Afonso, Aracaju, Maceió, Fortaleza, Recife) e Belém, na região Norte. “Não está havendo investimento na proteção do risco, no reparo das linhas, nas proteções especiais. E é na defesa de milhares de brasileiros e de nordestinos que estou me manifestando”, frisou. “O incêndio está dado como justificativa. Agora ela não apaga o ressentimento nem a revolta dos brasileiros que estão neste momento com a vida infernizada do Piauí até o Estado da Bahia”.
Por Fernanda Domingues
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