O Programa de Industrialização do Interior (Pró-Sertão) é um dos projetos responsáveis pela expansão da produção de confecções no Rio Grande do Norte nos últimos anos. A meta do programa é que até dezembro de 2020 o estado tenha cerca de 300 unidades de facção implantadas, com produção diária de 126 mil peças e a geração de mais de 12 mil empregos diretos.
Os números consolidam a parceria com o Banco do Nordeste, que já concedeu mais de R$ 2 milhões em financiamentos para pequenas indústrias em várias regiões do Rio Grande do Norte, com destaque para o Seridó.
Segundo o gerente executivo de Desenvolvimento Territorial da Superintendência Estadual do RN, Agnelo Peixoto, atualmente o Banco conta com dezenas de clientes do setor e várias propostas novas estão em análise na rede de agências. “Enquanto banco de fomento, é importante apoiarmos iniciativas como o Pró-Sertão, que contribui para a geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida das famílias que atuam no ramo de vestuário”, afirma o gestor.
Desde que o programa foi iniciado, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), já foram atendidas 47 facções no Rio Grande do Norte. Elas geram, em média, 30 empregos diretos.
Multiplicando, são mais de 1.400 pessoas trabalhando nesse mercado. Estima-se ainda que cada facção gere até 120 empregos indiretos.
A comercialização dos vestuários produzidos pelas facções é destinada a atender grandes empresas. Atualmente, a média de cada projeto contratado com o Banco do Nordeste gira em torno de R$ 150 mil. Espera-se, até 2018, que esses empreendimentos elevem em 15% o faturamento por ano.
Uma das facções que se destaca no setor está localizada na cidade de Parelhas, a 246 km da capital potiguar.
Os contadores Inácio Júnior e Rosineide Oliveira estudaram o mercado e avaliaram os riscos antes de abrir o negócio em sociedade. Instalada há pouco mais de um ano, a Ideal Confecções vem se fortalecendo no setor e fornece camisetas a uma grande empresa do ramo de vestuário.
Ele explica que para atender a demanda o Banco foi parceiro do empreendimento. “Contar com esse apoio foi imprescindível pra entrar nos negócios. Vimos boas condições de financiamento entre toda a concorrência e, como temos uma relação muito boa, financiamos 70% na compra dos equipamentos”, fala o empreendedor.
A expectativa, segundo Inácio, é se especializar nos próximos dois anos no mercado para dobrar a produção da camisaria e até mesmo abrir espaço para a confecção de calças.
O Pró-Sertão foi criado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e conta com parceria do Banco do Nordeste, Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Sebrae e dos municípios.
A iniciativa aproveita as oportunidades decorrentes do aumento da demanda de grandes redes varejistas e a consequente ampliação mercadológica do setor.
Fonte:http://www.defato.com/
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