A estimativa da receita do ano que vem deve ser anunciada nos próximos dias. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, repetiu na quarta-feira, 24 de agosto, que a prioridade da equipe econômica na definição do Orçamento de 2017 é o corte de despesas, mas não descartou a possibilidade de aumento de impostos. O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2017 será enviado ao Congresso no começo desta semana.
Apesar da definição, Meirelles não entrou em detalhes sobre itens específicos do Orçamento. A proposta prevê uma meta de déficit de R$ 139 bilhões no próximo ano. "Até o momento não se configurou a necessidade de aumentar impostos, mas a conta ainda não foi fechada. Se necessário, sim, pode haver em qualquer momento aumento de tributos", disse.
Para o ministro, no entanto, em um momento de recessão se deve evitar o aumento de tributos e trabalhar com o corte de despesas para se chegar à meta fiscal. Meirelles repetiu que o esforço necessário de R$ 55,4 bilhões para o cumprimento da meta de 2017 virá de mais reduções despesas e de um "esforço arrecadatório" que também passará pelas concessões de infraestrutura.
Retomada da economia
Para conseguir cumprir a meta fiscal, a equipe econômica também confia na retomada da economia e, consequentemente, na recuperação da arrecadação. "Os dados iniciais dão conta de que a atividade econômica começou de fato a se recuperar. Nos anos em que a economia cresceu a arrecadação aumentou mais que o Produto Interno Bruto (PIB). Nos anos de retração da economia as receitas também caem mais", afirmou.
O ministro destacou ainda que a arrecadação em 2017 deve ser ajudada pela regularização de pendências por parte de muitas empresas que deixaram de pagar seus tributos durante a crise econômica. "Essas empresas terão a necessidade de regularizarem suas questões fiscais para poderem voltar a crescer e tomar crédito", completou.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA FEMURN
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