Ao defender, mais uma vez, a presidenta Dilma Rousseff, no Plenário, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) repudiou a forma como foi conduzido o processo de impeachment e afirmou que o Senado se equipara a um tribunal da Santa Inquisição.
Segundo ela, a Constituição Federal garante que não é possível afastar uma Presidenta legitimamente eleita por motivações meramente políticas. “O Senado Federal, por maioria, ao aprovar o relatório do senador Anastasia, desferiu uma punhalada no coração da nossa Constituição Cidadã, fechando os olhos para a vontade expressiva da maioria da população brasileira que, em 1993, decidiu pelo presidencialismo e não pelo parlamentarismo”, disse.
Fátima lembrou que, durante os três meses de debates, as testemunhas ouvidas e a perícia do Senado comprovaram que não houve nenhum crime praticado pela presidenta Dilma Rousseff. “O golpe não se dá somente através de tanque, de armas, de avião. Não! O golpe se dá quando se rasga a Constituição, quando se fere a Constituição. Em que pese o rito ser respeitado, até porque é constitucional, essa mesma Constituição diz claramente que, para o impeachment ser consolidado, tem de haver comprovação de crime de responsabilidade”.
Segundo a parlamentar, como não há a comprovação de cometimento de crimes, o processo é um golpe. “É golpe, não adianta. Podem ficar incomodados, mas é golpe. E quem adere ao golpe tem de assumir a responsabilidade de suas escolhas perante a história: é golpista”, afirmou
Fátima afirmou ainda que continuará lutando ao lado daqueles que amam e que prezam a democracia. “Apesar de o consórcio golpista estar veiculando pelas páginas da grande imprensa que o impeachment é um fato consumado, isso não é verdade. Quero deixar a mensagem de fé, de esperança, de confiança, de luta, e dizer que resistiremos incansavelmente até o último momento. Até porque a votação para valer só vai se dar no final de agosto”, concluiu.
Fotografia: Agência Senado
Fonte:www.facebook.com/FatimaBezerra13/
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