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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Boletim divulga qualidade do ar no RN





A Secretaria de Estado da Saúde Pública, através da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental, concluiu no mês de setembro o Boletim de Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (VIGIAR), instrumento que relaciona informações sobre a poluição no Rio Grande do Norte com indicadores de saúde da população. 

O VIGIAR foi criado em 2001 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de reduzir e prevenir os agravos à saúde nas populações expostas à poluição do ar. Em 2015, foram preenchidos os Instrumentos de identificação de municípios de risco (IIMR) de todos os municípios do RN, a partir de informações disponibilizadas em diversas fontes: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).  

Foram utilizados dados referentes ao ano de 2013 para as variáveis indústrias de extração e indústrias de transformação. Para as variáveis frota veicular, queima de biomassa e taxas de morbimortalidade por agravos respiratórios, foram utilizados os dados referentes ao ano de 2014. 

Números Com base nos dados coletados o Rio Grande do Norte possui 619 indústrias que são consideradas relevantes para a poluição do ar como extração de carvão, fabricação de celulose, artefatos de couro e olaria.  O Estado também apresenta uma frota veicular composta por 1.043.508 veículos. Na regional da Grande Natal, estão concentrados 48% dos veículos do estado e, na II Unidade Regional de Saúde Pública (URSAP), com sede em Mossoró, 21% dos veículos. Entre 2010 e 2014, o número de veículos aumentou cerca de 60%. 

As taxas de mortalidade por doenças respiratórias indicam que 52,4% da população (1.805.164 habitantes) estão na classe de alto risco. Um total de 2,8% das crianças menores de cinco anos estão enquadradas na classificação de alto risco para óbito por agravos respiratórios. 

Nos idosos, com mais de 60 anos, esse percentual chega a 55,9%.  Por fim o relatório lista os 20 municípios prioritários por ordem de pontuação no IIMR: Mossoró, Natal, Parelhas, Açu, Caicó, São Gonçalo do Amarante, Apodi, Currais Novos, Macaíba, Parnamirim, Santa Cruz, Acari, Alto do Rodrigues, Caraúbas, Portalegre, Antônio Martins, Luís Gomes, São Miguel, Cruzeta, Jardim do Seridó e Venha Ver. 

A SUVAM considera que no Rio Grande do Norte, ainda há uma intensa ocorrência de subnotificação das doenças nos municípios, ou seja, grande parte dos casos de doenças respiratórias não é registrada. 

“Também é possível identificar inconsistências nas notificações realizadas, como a repetição de dados em meses ou anos subseqüentes. 

As informações de saúde coletadas não refletem adequadamente a realidade do estado no que concerne à poluição do ar. Mesmo assim, a maior parte da população foi inserida nas classes de médio e alto risco nos indicadores de saúde”, diz Cintia Higashi, subcoordenadora da SUVAM. 

Fonte:http://www.saude.rn.gov.br/

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