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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Toffoli: propaganda antecipada ocorre somente com pedido explícito de votos



André Richter – Repórter da Agência Brasil 
O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, toma posse na sede do TSE com a presença da presidenta da Republica, Dilma Rousseff, Renan Calheiros e Henrique Alves (Jose Cruz/Agência Brasil)
Dias Toffoli substitui ministro Marco Aurélio na presidência do TSEJose Cruz/Agência Brasil
O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, disse hoje (13) que só há campanha antecipada de pré-candidatos quando há pedido explícito de votos. Toffoli fez a declaração após tomar posse no comando do tribunal. Cabe ao TSE julgar representações de propaganda eleitoral antes do prazo permitido pela lei.

Toffoli também voltou a defender a resolução aprovada pelo TSE em dezembro do ano passado que limitou os poderes de investigação do Ministério Público Eleitoral (MPE). De acordo com a norma, a partir das eleições de outubro, a instauração de inquérito para apurar crimes eleitorais só poderá ser feita com autorização do juiz eleitoral.
“A campanha antecipada para mim é aquela onde há explícito pedido de voto. Os debates, as discussões, são próprios da democracia. O que não pode nesse período antecipado é pedir voto e fazer campanha explícita. Dizer: 'Eu sou candidato, votem em mim'”, afimou o presidente.
A resolução será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Toffoli, a participação dos juízes nos inquéritos eleitorais traz mais transparência às investigações. “É necessário que a investigação não seja de gaveta, escondida. Que [a investigação eleitoral] seja pública, sob supervisão do Poder Judiciário”, declarou.
Toffoli vai substituir o ministro Marco Aurélio, que deixa a presidência do TSE por completar quatro anos no tribunal, prazo máximo de permanência de um magistrado no TSE. Sob a responsabilidade de Toffoli, estarão as eleições presidenciais de outubro. A presidenta Dilma Rousseff compareceu à cerimônia, mas não discursou nem falou com jornalistas.

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