Foto: G1rn.
A juíza Cristiany Vasconcelos, da Comarca de Macau, acatou pedido do Ministério Público e prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária de 11 investigados na Operação Máscara Negra, que investiga um esquema de contratação fraudulenta de shows musicais nos municípios de Macau e Guamaré.
Em seu pedido, o Ministério Público argumentou que a medida continua sendo imprescindível para a continuidade e aprofundamento das investigações, “tendo em vista que nem todos os malotes decorrentes das buscas e apreensões foram remetidos e analisados pelo órgão ministerial”.
Argumenta ainda que a investigação é muito complexa e que demanda mais tempo para a análise de tudo o que foi apreendido e dos depoimentos já tomados. Além disso, aponta que várias pessoas estão sendo ouvidas no Rio Grande do Norte e em outros estados, e que MP local não teve ainda acesso a todos esses depoimentos.
O órgão ministerial afirma que os investigados, quanto interrogados, não têm cooperado com as investigações - exceto Rogério Medeiros Cabral Júnior – “dando respostas desconexas e evasivas, denotando a coesão da quadrilha para tentar impedir o total descortinamento do modus operandi das contratações fraudulentas e desvios de recursos”.
Segundo os autos, desde o início da operação diversos empresários, cujas empresas foram alvos de busca e apreensão, têm se apresentado de forma voluntária para prestar esclarecimentos e informações relevantes para as investigações, de modo que a liberdade dos investigados pode vir a impedir ou a influenciar na colheita dessa prova;
Observa o MP que testemunhas têm sido ouvidas e que o interrogatório do investigado Rogério Medeiros Cabral Júnior revelou a participação no esquema de outras pessoas que ainda precisam ser inquiridas, bem como outras diligências adotadas.
Decisão
Em sua decisão, a magistrada considerou as alegações do Ministério Público e os depoimentos colhidos, observando que, de fato, a prisão ainda é imprescindível às
investigações, agora até com mais força, atendendo a exigência legal.
“É que os elementos colhidos nas buscas e apreensões ainda não foram todos analisados, o que é justificável dada a grandiosidade da operação, que foi realizada em vários Estados e envolveu grande número de investigados. Ademais, ainda estão sendo colhidas provas testemunhais, sobretudo após o interrogatório do empresário Rogério Medeiros Cabral Júnior, que revelou a participação de outras pessoas no esquema, o que precisa ser ainda investigado, sobretudo, longe da interferência daqueles que ainda estão presos”, destaca.
A juíza Cristiany Vasconcelos considera que nos diálogos interceptados existem dados concretos de que os investigados adotam cautelas para não serem flagrados, “o que aliado aos seus interrogatórios deixa entrever que estão imbuídos do natural desejo de livrarem-se das acusações, o que logicamente pode ser feito pela destruição das provas e pela interferência sobre as testemunhas”.
Assim, deferiu o pedido de prorrogação da prisão.
FONTE:Assessoria TJrn. http://www.tjrn.jus.br
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