A marcha francesa contra o terrorismo levou cerca de 2,5 milhões de pessoas às ruas na tarde de hoje (11) – cerca de 1,5 milhão em Paris e 1 milhão em outras cidades francesas.
Na capital, a manifestação pela paz começou por volta das 14h30 (11h30 em Brasília), saindo da Praça da República, seguindo pela Avenida da República, até a Praça da Nação.
Esta já é considerada a maior manifestação do tipo na história da França.
Ao longo do trajeto, demonstrações de consternação e emoção de algumas pessoas, que caminhavam silenciosas, se misturavam a brados corajosos de manifestantes que cantavam A Marselhesa, canção revolucionária que se tornou o Hino Nacional da França.
O silêncio também era interrompido por palmas em homenagem às vítimas dos atentados terroristas que assustaram o país no decorrer da semana.
Entre os manifestantes, um grupo de jovens judeus pedia por mais segurança à população.
O estudante Samuel Knafo, que balançava com vigor uma bandeira da França durante o trajeto, lembrou da morte de quatro pessoas em um supermercado judeu, na sexta-feira (9), e disse que não se sente seguro.
“Espero que agora as autoridades tomem providências”, declarou. Ruben Benhamou, também estudante, disse que é a favor de que todos convivam em harmonia: cristãos, judeus, muçulmanos e ateus. “[Porém], é preciso eliminar o extremismo do seio da sociedade”.
Grande parte dos que marcharam na tarde de hoje segurava cartazes e faixas com declarações contra o terrorismo e em solidariedade às 12 vítimas do ataque terrorista ao jornal satírico Charlie Hebdo, ocorrido na quarta-feira (7), em Paris. A frase Je suis Charlie (Eu sou Charlie) se tornou o grande mote da manifestação. Alguns, traziam a corajosa declaração “Não tenho medo”.
Um grupo de representantes do cinema francês chamou a atenção durante a caminhada. Eles protestavam a favor da liberdade de expressão, com cartazes que indicavam que o ataque ao Charlie Hebdopoderia ter acontecido com qualquer um dos que estavam ali presentes.
A dona de casa francesa Valentine Bouquet participou da marcha com as filhas e segurava uma faixa que dizia “Matar não é uma religião”. Segundo ela, não há nenhuma religião que justifique o extermínio de pessoas.
“Ninguém pode sair matando e dizer que está fazendo isso em nome da religião. Isso é inaceitável.”
Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.br/
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