Páginas

terça-feira, 26 de julho de 2016

Agricultores familiares planejam protestos por retomada de direitos

                                                                                          Foto:Wikimedia Commons

Manifestação foi convocada pela Fetraf, na data em que se celebra o Dia da Agricultura Familiar


“Queríamos que a agricultura familiar tivesse a garantia de nossos direitos. Que a gente pudesse produzir com segurança, saber que o mercado estará propício para garantir uma escala de produção, uma assistência técnica de qualidade. A gente tá vendo as famílias tentando sobreviver.” Este é o relato da agricultora Viviane Pereira. Dona de uma pequena propriedade em Parauapebas, no Pará, ela diz que não tem muito o que comemorar no Dia do Agricultor Familiar, celebrado no dia 25 de julho.
 
Insatisfeitos com os rumos da agricultura familiar, produtores de todo o País foram convocados pela Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) para participarem de protestos nesta segunda-feira.
 
O coordenador geral da entidade, Marcos Rochinski, afirma que a situação dos pequenos produtores complicou com o governo interino de Michel Temer e que as perspectivas para o setor é de retomada dos direitos.
 
“Que a gente consiga reverter este quadro, que a gente consiga retornar o nosso espaço do Ministério do Desenvolvimento Agrário e que a gente consiga efetivamente ter espaços como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Agrário e Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional", afirma Marcos. 
 
Já o secretário Nacional de Segurança Alimentar, Caio Rocha, alega que ainda não é o momento de fazer uma avaliação.
 
“Eu acho que estas questões que estão aproximadamente há dois meses andando, é necessário se ter um período para que a gente possa fazer uma avaliação de desenvolvimento ou de retrocesso. Porque a ideia do presidente da República é que tenha um fortalecimento, uma prioridade, da questão da agricultura familiar, como sempre teve, buscando uma qualificação e uma relação cada vez maior com os produtores", avalia Caio Rocha. 
 
Caio Rocha afirma ainda que a meta do governo é além de garantir a segurança alimentar, assegurar renda aos pequenos produtores. O secretário afirma que uma das ações é incentivar as instituições públicas federais a adquirirem bem mais que o percentual mínimo exigido em lei de gêneros alimentícios de agricultores familiares.
 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura familiar é responsável por 70 por cento dos alimentos que chegam na mesa da população brasileira. Dos cerca de 5 milhões de propriedades existentes no País, 80 por cento são da agricultura familiar.
 
A reportagem entrou em contato com a atual secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.


Fonte:http://radios.ebc.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário