O pagamento do funcionalismo estadual referente ao
mês de janeiro será realizado nos dias 4 e 5 de fevereiro. Os servidores
aposentados e pensionistas terão os vencimentos depositados dia 4, enquanto que
o salário dos ativos será creditado no dia seguinte. O pagamento dos servidores
nos primeiros dias do mês subsequente, conforme previsto em lei, garante o
salário integral de todo o funcionalismo. A medida foi necessária em virtude da
crise econômica que afeta o país, especialmente os estados mais dependentes das
transferências da União.
O Rio Grande do Norte sentiu o impacto da queda
acentuada dos repasses federais, em especial royalties, Fundo de Participação
dos Estados (FPE) e ICMS. As frustrações nas receitas chegaram a R$ 613 milhões
em comparação ao orçamento previsto para o exercício de 2015. Somente de
royaties o Governo deixou de receber 45,38% dos recursos previstos no ano
passado. No FPE a frustração real chegou a 7,39% e continua em 2016 com
previsão negativa já anunciada de 15,7% a menos do que o valor transferido pela
União em janeiro do ano passado. “É importante ressaltar que em janeiro de 2015
o FPE já foi menor do que no mesmo mês de 2014. No comparativo entre 2015 e
2014, a queda na Receita Líquida do Tesouro chegou a 7,2%”, explica o
secretário de Estado do Planejamento e das Finanças, Gustavo Nogueira.
O déficit previdenciário também tem provocado
impacto na folha do funcionalismo. Em 2015, a folha de aposentados e
pensionistas cresceu 20% em relação a 2014 e o déficit subiu 16,6% no mesmo
período. O déficit na Previdência é hoje o principal obstáculo ao equilíbrio
fiscal do Estado. Sem os recursos do Fundo Financeiro a partir de 2016, as
novas datas de pagamento viabilizarão o pagamento integral e em dia de todo o
funcionalismo.
O titular da SEPLAN reforça o momento
difícil na economia e as consequências para o Estado. E pontua ações do Governo
voltadas para amenizar o quadro. “O Rio Grande do Norte não é uma ilha isolada
do restante do país, mas o Governo tem redobrado todos os esforços para
construir alternativas que amenizem os efeitos da crise, a exemplo da redução
do imposto sobre o querosene de aviação, que provocou um novo boom no turismo
do Estado, e do projeto de reordenamento de taxas aprovado pela Assembleia
Legislativa no final do ano passado, que garantirá mais R$ 220 milhões ao
tesouro estadual de fevereiro até dezembro”, disse.
Assecom-RN
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