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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Possível “vitimização” de Dilma não convencerá senadores, diz Agripino





Na semana em que o Senado fará o julgamento final do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), aposta na repetição do placar da votação que aprovou o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), quando foram 59 votos a favor e 21 contra . “Menos de 59 votos certamente não haverá. Poderá haver um ou dois votos a mais. Já são nove meses de intensa discussão, um longuíssimo debate, com todos os elementos muito conhecidos, tanto da defesa quanto da acusação”, ressaltou. “Não creio que ela tenha elementos jurídicos suficientes para reverter votos”, acrescentou.

De acordo com o senador potiguar, uma possível “vitimização” por parte de Dilma Rousseff não irá convencer os senadores, nem os brasileiros. “Se o povo entendesse que Dilma ainda tem algo a oferecer, a vitimização poderia até funcionar, mas o país, sob seu comando, estava entregue à própria sorte”, criticou. “O Brasil entende que, se Dilma retornasse, voltaríamos à escala decrescente que nos encontrávamos. Por essa razão, a prática da vitimologia não adiantará em nada”, destacou. 

Sobre as sucessivas acusações do PT e aliados de que o impeachment não passa de um golpe, o parlamentar frisou que todo o processo seguiu “rigorosamente o cumprimento da constituição” e que, por isso, não tem sentido receber esta conotação.


“Essa história de golpe é uma tirada política para animar aqueles que são petistas e que precisam de algum tipo de argumento. Tudo está sendo rigorosamente cumprido com base na constituição. A começar pelo fato de que, nesta reta final, quem preside todos os trabalhos é o presidente do Supremo Tribunal Federal, ou seja, a suprema corte do país. Além disso, a própria presidente afastada já avisou que vem ao Senado apresentar suas razões e argumentações”, disse. “Tudo dá ao Brasil e ao mundo o carimbo da legitimidade de um processo que está previsto claramente na constituição brasileira”, continuou o senador.




A fase final do processo de impeachment de Dilma terá início nesta quinta-feira (25) e deverá durar uma semana.
Fotos: Mariana Di Pietro 
Rominna Jácome
Assessora de Comunicação

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