Páginas

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Saúde vai usar carros fumacê no combater a dengue




A secretaria Municipal de Saúde vai deflagrar nos próximos dias o Plano de Contingência para o Enfrentamento da Epidemia de Dengue, que inclui o uso da operação Ultrabaixo Volume (UBV), pesado (carro fumacê) e UBV costal e tratamento focal (casa a casa). A medida, anunciada pelo secretário municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, durante entrevista coletiva de imprensa, é para combater uma epidemia de dengue na capital.

Além disso, será feita a ativação do Comitê para Emergências em Saúde Pública, a sensibilização dos profissionais para notificação da doença e alimentação do dados no sistema; otimizar recursos humanos já existentes; fomentar a educação em saúde; intensificação do acompanhamento da situação epidemiológica e muitas atividades que serão discutidas reunião periódicas. 

"Natal encontra-se em circunstância de epidemia leve para dengue. As incidências já ultrapassaram o limite máximo esperado de acordo com a projeção que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) costuma fazer. Não temos número limite para a dengue, o que existe é uma projeção que fazemos com o máximo esperado, que já foi excedido", disse Luiz Roberto.

O secretário atribui a epidemia a dois fatores: o número insuficiente de agentes de endemias para fazer o trabalho de combate às larvas de casa em casa e a falta de cooperação da população. O controle do Aedes Aegypti só é possível com a participação de todos, cada um fazendo a sua parte para evitar a proliferação do mosquito, afirmou. 

Para suprir a falta de agentes de endemias, o secretário de Saúde espera solucionar até o final do mês a questão do concurso público, que foi iniciado no ano passado e paralisado por causa de uma ação judicial. "Devido ao empenho da secretaria há dez dias o concurso foi salvo. O primeiro resultado da prova prática deve ser publicado nesta quarta-feira, 25, pela Comperve e em dez dias o resultado final", afirma Luiz Roberto.

A judicialização do concurso, acrescentou o secretário, resultou num déficit de 50% de pessoal devido a não renovação dos contratos temporários de agente de endemias para combater as larvas de casas em casa, para depositar larvicidas e informar aos moradores sobre os métodos de prevenção do mosquito Aedes Aegypt. Com isso, agora temos o crescimento significativamente do número de casos de dengue. “Este ano, apenas no mês de janeiro, foram notificados 690 casos no estado e até a sexta semana epidemiológica aqui em Natal, temos 530 casos notificados”, disse.

"De acordo com a comparação da atual epidemia como as anteriores, constatamos que esta, se enquadra como uma epidemia leve. Então não temos uma configuração de uma epidemia com forte número de casos, mas temos problemas ainda na notificação. Isso pode ser resolvido assim que alertarmos o sistema e notificarmos adequadamente", informou o chefe do CCZ, Alessandre Medeiros.
"Os bairros com os maiores números de casos da doença em Natal até a sexta semana epidemiológica são Petrópolis com 85,82 casos por cem mil habitantes; Nossa Senhora de Nazaré com 82,74 casos por cem mil habitantes e o bairro Alecrim com 77,96 por cem mil habitantes", declarou Alessandre.

Os Distritos Sanitários mais afetados são o Leste com 49,87 casos por cem mil habitantes; e o Distrito Oeste com 45,72 por cem mil habitantes. As faixas etárias mais comprometidas é a faixa produtiva que vai de 20 até 49 anos.

"O maior número de notificação está na rede pública de saúde. Isso é positivo, pois mostra a busca da população pelos serviços públicos da saúde; 64% das notificações estão na rede pública, enquanto 36%, na rede privada".

O ranking das fontes notificadoras, revela que em 1º lugar está o Hospital Giselda Trigueiro com 127; em 2º lugar, o Hospital dos Pescadores com 90; em 3º, o Hospital Unimed com 79; em 4º lugar, o Pronto - socorro Sandra Celeste com 59; e, em 5º lugar, o Hospital Promater, com 21 casos notificados.

Luiz Roberto lembrou que "embora a dengue seja uma virose e como tal, a cura está vinculada a uma resposta do sistema imunológico do paciente, não carece de medicamento, mas existem formas graves que pode ser necessário o uso de terapia medicamentosa, internação ou terapia intensiva. Para isso precisamos alertar a população. Nenhuma secretaria saúde ganha combate à dengue sozinha, é preciso que o combate seja realizado com a parceria da população. Se não tivermos o apoio da sociedade, nossas ações de guerra contra essa doença serão fracassadas.”

Para evitar o aumento de casos de dengue a SMS orienta a população que reforce as ações para eliminar criadouros dos mosquitos. As medidas incluem, por exemplo, verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas estão entupidas e colocar areia nos pratos dos vasos de planta.


Fonte:http://natal.rn.gov.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário